Estágio Supervisionado Obrigatório e a construção de diagnóstico social com as lentes de gênero para a população de rua: relato de experiência na sala de espera da DPE-Bahia

Rosa Meire Carvalho de Oliveira

Graduanda no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade UFBa, com estágio em andamento na Defensoria Pública do Estado da Bahia. É especialista em Docência Universitária (UCSAL/2017), mestre em Comunicação e Cibercultura (UFBA/2002) e doutora em Educação, Sociedade e Práxis Pedagógica (UFBA/2011)

O vídeo apresenta um breve relato da experiência de Estágio Supervisionado em Gênero e Diversidade da autora, realizado no campo da Sala de Espera da Defensoria Pública do Estado da Bahia a partir do semestre 2019. 2. Apresenta o contexto do estágio e descreve os levantamentos necessários à produção de diagnóstico social e projeto de intervenção junto a assistidos da população de rua. Descreve o método, metodologia e instrumentos utilizados. E remete ao final à importância das lentes de gênero em projetos de políticas públicas para compreender as necessidades de populações vulnerabilizadas quando de interessam pelo uso interseccional dos instrumentos e da escuta ativa por parte dos agentes.

Transcrição do Áudio:

Olá, Eu sou Rosa Meire Oliveira. Eu sou estudante do Bacharelado de Gênero e Diversidade da UFBA. E também professora e pesquisadora. Aqui eu vou tratar de um relato de experiência de estágio na Defensoria Pública do Estado da Bahia, onde eu e mais duas colegas realizamos essa experiência. Foi iniciado o ano passado, no setor de atendimento à população de rua, o Pop Rua. Nosso campo de estágio é a Sala de Espera, que é uma área de atendimento. E dali, na entrada da assistência, eles aguardam ali, passam por uma triagem e são atendidos por uma equipe multidisciplinar. Então, desde que nós chegamos nós fomos instados por nossa supervisora de estágio, Fabiana Miranda, a buscar compreender o que estava acontecendo com alguns daqueles assistidos que estavam se pronunciando de forma agressiva. E essa atividade chamou a atenção e foi o que nos convocou a trabalhar em uma pesquisa-ação de base etnográfica, com uma metodologia de observação participante ali na sala de espera e também com o uso de alguns instrumentos, como registro no Diário de campo e a aplicação junto a servidores e colaboradores de questionário para compreender também a visão deles sobre esse atendimento e sobre essas manifestações por parte dos assistidos. De qualquer sorte, concluímos já essa primeira etapa, de levantamento de dados; estamos nessa fase agora desse segundo módulo do Estágio Supervisionado – são 03 módulos. Nós estamos no segundo módulo e no processo de construção de um projeto de intervenção. E, no terceiro módulo, de aplicação desse projeto de intervenção. São ações que elas se dirigem, nas quais nós atuamos levando para a Defensoria Pública e para o campo de estágio um olhar interseccional de gênero que visa colaborar com a leitura dessa realidade social que está sendo apresentada. O estágio, portanto, é uma experiência muito importante, que coincide agora com essa perspectiva e com esse cenário de pandemia em que a gente nota o quão vulneráveis estão esses cidadãos. E que precisam de políticas públicas adequadas à melhoria das condições de vida. Eu acredito que o estágio é uma experiência importante e que ela se volta para aquilo que Jacques Delors já nos falou em 1996 quando se reportava à  formação e aos desafios para o Século XXI em termos de Educação, concentrada em quatro pilares: que são os pilares do Aprender a Conviver, Aprender a Ser, Aprender a Conhecer e Aprender a Fazer. Eu creio que é nesses pilares que estamos centrados e vendo a nossa formação de qualidade acontecendo em campo. É isso! Agradeço a vocês!


Fórum Gira: Encontro de Pesquisadoras e Pesquisadores do Grupo de Estudos Feministas em Política e Educação da UFBA

ISSN 2675-2948

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