Crítica da Razão Pornográfica
Caroline Coutinho Dal’orto
As condições de possibilidade de um novo tipo de subjetividade e de reorganização do trabalho no interior de um regime capitalista contemporâneo são marcadas pelas discussões acerca dos conceitos de imaterialidade e materialidade produtiva. Contrastar esses conceitos dialogando algumas tradições teóricas marxistas, desde os seus desdobramentos no operaismo italiano ao que podemos chamar de “colonialismo de dados”, “capitalismo de plataforma” e “capitalismo pós-industrial” tensionando esses movimentos com a emergência de um regime farmacopornográfico consiste no meu principal exercício teórico. Desse exercício diagnostico uma racionalidade neoliberal que, sobretudo, organiza novas formas de precarização do trabalho acompanhadas de uma captura subjetiva que estende e radicaliza as lógicas de mercado a todo tipo de relação. Meu percurso empírico se volta em rastrear os corpos aos quais as lógicas de precarização do trabalho e captura subjetiva estão investidas na extração lucrativa de um novo tipo de matéria-prima, isto é, o gozo. Aqui, localizo um trabalho de campo com um grupo de Cam Girls, estabelecendo contato entre o seu trabalho e o paradigma do/a trabalhador/a do regime farmacopornográfico.
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Fórum Gira: Encontro de Pesquisadoras e Pesquisadores do Grupo de Estudos Feministas em Política e Educação da UFBA
ISSN 2675-2948
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