Florita Cuhanga António Telo

Resumo da Biografia

Doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulher, Gênero e Feminismo, Universidade Federal da Bahia/UFBA – PPGNEIM. Mestra em Direitos Humanos pela Universidade Federal da Paraíba. Licenciada em Direito pela Universidade Agostinho Neto em Angola. Membra fundadora do primeiro coletivo feminista angolano “Ondjango Feminista”. Membra Fundadora e Vice-Presidenta da associação “Observatório de Políticas Públicas na Perspectiva de Género”. Membra do Grupo de Pesquisa Feminista em Política e Educação da UFBA – GIR@; Membra do Grupo de Pesquisa LES da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia/UFB. Colunista do jornal virtual Correio Angolense. Tem experiência em advocacia social, trabalho em rede, movimentos sociais, estudos de gênero, políticas públicas e educação em direitos humanos.

Currículo Lattes

Tese

Título: Autonomia Reprodutiva entre as Nkento Angolanas: narrativas e escolhas

Resumo: Esta pesquisa se debruça sobre a autonomia reprodutiva em Angola. Desde uma perspectiva pós-colonial, fazemos uma análise crítica ao conceito dos direitos reprodutivos, de onde advém a definição de autonomia reprodutiva. É a partir do resultado desta problematização que analisamos o processo de construção da autonomia reprodutiva em Angola. Através de uma pesquisa qualitativa, que privilegia a escuta etnográfica, a tese analisa a construção da autonomia reprodutiva em Angola, por meio das histórias de vida de cinco mulheres angolanas que escolheram não ter filha/o, ou ter apenas um/a. Para tal são exploradas as concepções de gênero, mulher, família e maternidade nas múltiplas culturas locais, bem como as trazidas pela colonização. Constatamos assim que o ponto central é a autopercepção de que se é sujeito de direitos, que pode fazer as suas próprias escolhas. Esta visão do self é construída mediante o modelo materno (e paterno) que tiveram dentro de casa. Um contexto em que as categorias mãe – mulher – esposa são tidas como interligadas, mas não indissociáveis. Outrossim, a autonomia reprodutiva é exercida de modo compartilhado entre a mulher e a família materna, mais do que com marido, principalmente por representar a continuidade da família, do nome, da cultura. A gravidez não é um ato isolado e diz respeito a todas/os. Entretanto, as transformações da organização familiar e social têm propiciado uma mudança de paradigma reprodutivo, dando lugar a novas formas de exercício da autonomia reprodutiva.

Palavras-Chave: Angola. Mulheres. Autonomia Reprodutiva. Direitos Reprodutivos. Pós-Colonial.

Versão em PDFTESE FLORITA TELO

PPT DefesaNOVO_TESE_FLORITA_TELO_a

Como citar:

TELO, Florita Cuhanga António. Autonomia Reprodutiva entre as Nkento Angolanas: narrativas e escolhas. 2019. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismo, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019. Disponível em: <http://generoesexualidade.ffch.ufba.br/wp-content/uploads/2018/04/TESE-FLORITA-TELO.pdf>. Acesso em: 08 abr. 2019.

Publicações

TELO, Florita Cuhanga António. O pensamento feminista africano e a Carta dos princípios feministas para as feministas africanas. In: 13th Women?s Worlds Congress & Seminário Internacional Fazendo Gênero 11, 2018, Florianópolis. Anais do XI Seminário Internacional Fazendo Gênero. Flornianópolis: UFSC, 2017.

TELO, Florita Cuhanga António. Direitos reprodutivos em Angola: a utopia dos direitos ou o direito à utopia?. In: IX Seminário internacional de direitos humanos da UFPB, 2017, João Pessoa. DESAFIOS E PERSPECTIVAS DA DEMOCRACIA NA AMÉRICA LATINA. João Pessoa: CCTA, 2017. v. 1. p. 1225-1250.

FERNANDES, Felipe Bruno Martins; TELO, Florita Cuhanga António; CORDARO, Rosangela. A Luta dos Negros e das Negras Continua: entrevista com Kabengele Munanga. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 2, n. 2, 2017.

Participação em Eventos

– Fórum Gir@/Forum Social Mundial, 2018;

– Minicurso “A Filosofia Africana hoje, 2017.

– Opará Saberes, 2017.

– 13º Mundos de Mulheres & do 11º Fazendo Gênero, 2017.

– IIª Semana de Gênero e Diversidade da UFBA, 2016. 

– Conferência “As Travestis no Cistema de Educação”, 2016.

– Congresso UFBA 70 anos, 2016. (Congresso).

– Seminário “The Black Queer Theory” em perspectivas globais, 2016.

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